Evidências baseadas na estrutura interna e confiabilidade da Escala Rosenberg de Autoestima para crianças ERAC-C
Ana Beatriz Oliveira Manvailer
Christian Godoi de Souza dos Santos
Laura Pires Ferreira
Ana Karla Silva Soares
Jackeline Nogueira Santos
A autoestima possui uma definição diversificada na Psicologia, compreendendo desde a relação estabelecida com as próprias aspirações e ideias até o relacionamento entre a autoavaliação e a auto concepção construída a partir da interação social. É um construto psicológico que auxilia na compreensão da qualidade de vida e a saúde psicológica, já que indicadores baixos na infância pode levar a trajetórias adversas nos âmbitos afetivos, laborais e físicos, impactando nas perspectivas e comportamentos futuros. Portanto, é fundamental dispor de ferramentas psicometricamente sólidas para sua avaliação em todas as idades, incluindo a infância. A Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR) é uma ferramenta amplamente utilizada para mensuração da autoestima, oferecendo validade e confiabilidade em pesquisas psicológicas. A EAR tem uma estrutura original de fator único que confirma sua utilidade como medida da autoestima global, fornecendo uma avaliação abrangente da autoestima geral de um indivíduo. Desse modo, considerando a necessidade de avaliação do tema em amostra infantil, o presente estudo visa avaliar evidências baseadas na estrutura interna e na confiabilidade da EAR para crianças. Participaram 235 crianças, com idade média de 11 anos (variando de 9 a 12 anos, DP = 1,00), a maioria do sexo feminino (64%) cursando o sexto ano do fundamental (30,77%). Estes responderam a EAR para crianças e questões demográficas. Os resultados da análise fatorial exploratória [RDWLS; Hull = 0,96; a = 0,87; ? = 0,86; valor próprio de 4,35 e explicando 43% da variância total; CFI = 0,96; AGFI = 0,98; RMSEA = 0,086, IC95% 0,059 – 0,101] corroboraram a estrutura da versão original constituída por um fator, composto por 17 itens (cargas fatoriais variando de 0,53 a 0,84) visto a exclusão de dois itens com carga fatorial inferior a 0,30. Diante dos achados estima-se o potencial da medida para avaliar a autoestima em amostra de infantes, destacando-se a necessidade de estudos futuros (e.g., análises confirmatórias, correlação com outros construtos) para avaliações de outras evidências de adequação psicométrica.
Palavras-chave: autoestima, crianças, validade, escala.
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