Resultados de Pesquisa

PAIXÃO PELOS ESTUDOS, PERSPECTIVA DE FUTURO E PERFORMANCE ACADÊMICA: UM ESTUDO PAUTADO NOS VALORES HUMANOS

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RESUMO DOS ACHADOS DA PESQUISA!

A paixão é responsável por explicar aspectos motivacionais dos indivíduos, forte inclinação para uma atividade que os indivíduos gostam ou acham importante e em que investem tempo e energia. É possível então transpor estas concepções a paixão que os estudantes possuem pelos estudos, incorporando outros construtos na compreensão deste fenômeno, a exemplo da perspectiva de futuro. Visto que a transição para a universidade é marcada por mudanças em diversas esferas, com isso a paixão pelos estudos destes sofre influência pelas suas prioridades valorativas e pela perspectiva de futuro, podendo determinar então a dedicação e investimento de tempo em realizar suas atividades, a continuidade nos estudos, e também, a performance acadêmica. Deste modo, esta pesquisa objetiva avaliar em que medida as prioridades valorativas dos universitários estão relacionadas a paixão pelos estudos, perspectiva de futuro e performance acadêmica. Participaram 353 universitários, com idade média de 24 anos (DP= 6,38), a maioria do sexo feminino (67%). Estes responderam a Escala de paixão pelos estudos, Questionário dos Valores Básicos, Inventário de Perspectiva Temporal de Zimbardo, Performance acadêmica e questões demográficas (e.g. sexo, idade). Procedeu-se uma análise de correlação r de Pearson, para verificar a correlação entre as variáveis. Os resultados indicaram que todas as subfunções valorativas se correlacionaram de forma positiva com paixão harmoniosa e, também, com performance acadêmica. A paixão harmoniosa pelos estudos se correlacionou positiva e significativamente com futuro positivo (r = 0,47) e com performance acadêmica (r = 0,35), enquanto teve correlação negativa e significativa com futuro negativo (r = -0,35). Estes achados reforçam a importância dos valores humanos em esferas diversas da vida humana e de se estudar o que se tem por paixão, como, no momento da escolha do curso de graduação, uma vez que isso reflete no desempenho e envolve a visão que terá sobre o futuro.

USO DAS REDES SOCIAIS, PROCRASTINAÇÃO E PERFORMANCE ACADÊMICA: CORRELATOS VALORATIVOS E DO BEM-ESTAR SUBJETIVO

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RESUMO DOS ACHADOS DA PESQUISA!

As redes sociais (RS) são sites ou aplicativos que possibilitam a formação de uma rede de indivíduos ligados por um mesmo interesse, compartilhando informações e obtendo feedback de outros usuários. As RS tem sido considerada como ferramenta para a procrastinação acadêmica, atividade que afeta a vida de universitário e, em alguns casos, sua performance e bem-estar subjetivo. Neste contexto, uma variável psicossocial que pode auxiliar na compreensão destes fenômenos são os valores humanos. Este estudo objetivou avaliar em que medida o uso de redes sociais está correlacionado com a procrastinação, performance acadêmica, bem-estar subjetivo e valores humanos. Participaram 384 universitários, com idade variando de 18 a 56 anos (M = 24,71; DP = 6,48), a maioria do sexo feminino (74%). Estes responderam a Escala de avaliação do impacto individual e social do uso de redes sociais em estudantes (EAISRE), Escala de Procrastinação Acadêmica, Questionário de Saúde Geral (QSG-12), Questionário dos Valores Básicos (QVB), e perguntas de performance acadêmica e demográficas (e.g. sexo e idade). O resultado da análise de correlação r de Pearson, identificou que as dimensões da medida de redes sociais não se correlacionaram significativamente com a performance acadêmica, mas que o Fator 1 (Objetivos do uso das redes sociais) se correlacionou de forma positiva e significativa com os valores de experimentação (r = 0,14), realização (r = 0,19), suprapessoal (r = 0,10), existência (r = 0,15), interativa (r = 0,16) e com a procrastinação acadêmica (r = 0,19); já o Fator 2 (Preferência de Comunicação) se correlacionou de forma positiva e significativa com procrastinação acadêmica (r = 0,29) e negativa com o bem-estar subjetivo (r = -0,16). Estes achados sugerem a relevância de analisar a relação estes os fenômenos, visto que acadêmicos que utilizam mais RS, tendem a procrastinar em suas atividades acadêmicas apresentando menores indicadores de bem-estar.

CORRELATOS VALORATIVOS DO PERFECCIONISMO E DO FENÔMENO DO IMPOSTOR EM UNIVERSITÁRIOS

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RESUMO DOS ACHADOS DA PESQUISA!

No contexto acadêmico é comum identificar alguns estudantes que possuem um alto desempenho vivenciarem o denominado fenômeno do impostor (FI) definido como à atribuição externa de sucesso, sentimentos de inadequação e medo de ser exposto como fraude intelectual. Por sua vez, outro aspecto comumente vivenciado na academia é a busca por perfeccionismo, definido como a determinação de padrões extremamente elevados, voltados a procurar por perfeição se caracterizando pela busca de excelência e pela tendência em estabelecer padrões elevados de desempenho, acompanhada pela tendência de autoavaliação hipercrítica e uma crescente preocupação em cometer erros. Considerando importante identificar uma variável que auxilie a compreensão destas temáticas com universitários, inclui-se os valores humanos, que são construtos definidos como aspectos que guiam os comportamentos e expressam cognitivamente as necessidades humanas. Este estudo tem por objetivo avaliar em que medida e direção os valores humanos se correlacionam com o perfeccionismo e o fenômeno do impostor. Participaram da pesquisa 380 estudantes universitários, com idade média 24 (DP= 5,69; variando de 18 a 55 anos), sendo a maioria do sexo feminino (63%);estudando em Universidade pública (90%); avaliaram a relação com os colegas como “bom” (52%);esperam “com certeza concluir o curso” (68%). Estes responderam as medidas de Escala dos três grandes fatores do perfeccionismo, Escala Clance de Fenômeno Impostor, Questionário dos Valores Básicos e questão demográficas (média de rendimento acadêmico, idade, sexo, universidade, curso e semestre que estão cursando). O resultado da análise de correlação de Pearson identificou que o perfeccionismo se correlacionou significativamente e positivamente com os valores das subfunções experimentação (r=0,44), realização (r=0,38), suprapessoal (r=0,47), existência (r=0,47), interacional (r=0,44), normativa (r=0,35). Estes achados contribuíram para os avanços teóricos e práticos quanto a maneira de se compreender e promover saúde e autoconhecimento entre universitários, partindo especialmente da promoção de valores humanos.

FENÔMENO DO IMPOSTOR E AUTOESTIMA EM UNIVERSITÁRIOS: UM ESTUDO PAUTADO NOS VALORES HUMANOS E NA PERSONALIDADE

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RESUMO DOS ACHADOS DA PESQUISA!

O fenômeno do impostor (FI) é definido como aquele no qual o indivíduo não internaliza seu sucesso, atribuindo-o a questões externas, por exemplo, sorte e inabilidade dos outros de verem sua farsa, mesmo com evidências que demonstrem o contrário. Em outros contextos, identificou-se que estudantes com sentimentos impostores mais elevados tendem a apresentar baixa autoestima. Assim, visando identificar outras variáveis que influenciam na formação de objetivos e expectativas para o futuro, guiando comportamentos e expressando cognitivamente as necessidades, adiciona-se os valores humanos e os traços de personalidade a análise do fenômeno do impostor. Deste modo, esta pesquisa objetiva avaliar em que medida e direção o fenômeno do impostor, autoestima, valores humanos e personalidade de estudantes universitários, estão relacionados. Participaram 380 universitários com idade média 23,9 anos (DP= 5,69), variando de 18 a 55 anos, maioria do sexo feminino (63,4%), de universidade pública (90%). Estes responderam a Escala Clance de fenômeno do impostor, Questionário dos Valores Básicos, Inventário dos Cinco Grandes Fatores de Personalidade, Escala de Autoestima e perguntas demográficas (e.g., sexo e idade). Foram realizadas as análises de correlação de r de Pearson considerando o fenômeno do impostor e os fatores que representam as dimensões de autoestima, valores humanos e personalidade. Os resultados indicaram que o fenômeno do impostor não se correlacionou significativamente com nenhuma das subfunções valorativas, se correlacionou negativamente com os traços de abertura a mudança (r = -0,13), conscienciosidade (r = -0,20) e extroversão (r = -0,17), assim como com os fatores de autoestima autocompetência (r = -0,62) e autoconhecimento (r = -0,75) e positivamente com neuroticismo (r = 0,49). Estes achados sugerem que acadêmicos com elevados sentimentos impostores apresentam níveis baixos de autoestima e mais traços neuróticos de personalidade, sendo estas informações relevantes para elaboração de programas de intervenção que visem a saúde mental dos acadêmicos.